São Paulo - histórias do PCC

Não poderia deixar de comentar como foi que São Paulo me recebeu como nova moradora dessa cidade gigante...

Cheguei na 2a feira, dia 15/05... o pior dia dos ataques do PCC...

Cenário do momento em que cheguei:
16h30 - meu avião aterrisa em solo paulista
17h30 - finalmente tenho minhas malas em mãos... saio do aeroporto e...
* não tem NENHUM funcionário do aeroporto trabalhando
* ninguém pra dar informações
* meu celular não recebe nem faz chamadas
* o comércio está todo fechado
* não há onde comprar cartão telefônico
* não há ônibus (porque cento e poucos ônibus foram queimados)
* o metrô está parado (porque metralharam a bilheteria de uma estação)
* a fila para o taxi deve ter umas 3hs de extensão
* o rodízio de placas foi suspenso
* há um engarrafamento de mais de 200km na cidade
* logo, nenhum taxi quer fazer corridas, porque demoraria séculos no transito
* estou sozinha no aeroporto
* preciso ir até Caraguatatuba (isso significa: chegar no terminal Tietê e pegar um ônibus e mais 3hs de viagem)

Bela recepção... a cada dia odeio mais essa cidade... hehehe

Bom... como as coisas se resolveram:
* encontrei (na verdade ele me encontrou) um guri de Brasilia que ia pra mesma conferência que eu
* ele ia dormir em SP e tinha o endereço de um guri
* ele tinha cartão telefônico (não que isso ajudasse muito, já que os celulares de SP não funcionavam devido ao "congestionamento" das linhas)
* eu tinha alguém pra conversar (otimo, assim eu não precisava sentar e chorar... e o tempo passaria mais rapido)

Probleminha no caminho:
estávamos (eu e o Markel, meu novo amigo) ao lado dos telefones publicos tentando ligar pro celular do Lucas (casa de quem pretendíamos passar a noite - eu, me escalando, já que o Lucas nem sequer sabia da minha existência) quando... uma comissária de bordo da Gol liga para sua casa e diz "a situação é a seguinte: preciso que vocês venham me buscar, já que não tem transporte público e tem uma ameaça de bomba aqui no aeroporto" :o

O que fizemos? Saimos do aeroporto, óbvio!!

Para onde ir? Naquela altura do capeonato, qualquer boteco servia (bem que podíamos parar pra tomar uma ceva e animar um pouquinho o dia)

Único estabelecimento comercial que encontramos aberto: um posto de gasolina!!

Fim da história:
depois de umas 2h30 no posto de gasolina, várias ligações a cobrar pra qualquer pessoa que pudesse talvez nos ajudar, de ver 10 viaturas do comando de operações especiais passando (com os caras todos mascarados, armados e apontando pra fora da janela)... finalmente um taxi aceitou nos levar (graças a ajuda do carinha do posto de gasolina que disse que eu era prima dele!!)

21h (mais ou menos) - chegamos a casa do Lucas... nunca foi tão bom chegar em casa!!!

No dia seguinte as coisas acalmaram um pouco... o metrô tava funcionando e eu consegui chegar a Caraguatatuba :D

Sobrevivi a essa...
mas tudo o que eu tiro disso é: EU ODEIO SÃO PAULO
(e vou morar aqui por 1 ano... tsc tsc)

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A los hablantes de castellano: perdon, pero ese salió muy grande para traducir todo...

Lo importante es que a pesar de que llegué en SP en el peor dia de los ataques del PCC y pasé por algunas situaciones bastante feas... (cuando llegué al aeropuerto, habia una amenaza de bomba allá... y no habia transporte para salir del aeropuerto, asi que estube unas 2h30 en una estacion de servicio esperando que los taxis volvieran a llevar la gente para poder llegar a la casa de un amigo) sali viva!!! :D

Con todo eso, con la hermosa recibida que me dió la ciudad de São Paulo... la ODIO!!! (y voy a vivir acá por 1 año...)

Bueno... igual, a los que queiran conocer SP, siguen invitados a venir :P

Comentários(2)

2 Response to "São Paulo - histórias do PCC"

  1. lucas, on maio 24, 2006 said:

    oh barbara.
    daqui a pouco tu acostuma.
    e até o final desse ano, tu vai achar que sao paulo é o centro do universo.
    :P

  2. Bárbara, on maio 24, 2006 said:

    espero do fundo do meu coração que não
    :P