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Na Bulgaria...


Na Georgia...

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Uma longa viagem...

(ou: aventuras na fronteira da Europa e da Asia)

Passei a Páscoa na Bulgária (em Varna, cidade na beira do Mar Negro!!)... não tava quente pra entrar no mar, mas pisar na areia e molhar os pés na água foi bem legal :D
(mais sobre a Páscoa em algum post no futuro - assim que eu conseguir baixar as fotos)

De lá, meu objetivo era chegar em Tbilisi, capital da Georgia... como avião é muito caro, a viagem foi assim:

Domingo, 21h: Varna - Istanbul (de ônibus)
Viagem tranquila, ônibus bom... controle de passaporte na fronteira, todo mundo abre mala pra inspecionar... nada de muito anormal...

Segunda, 5h da manhã: cheguei em Istanbul, estação de ônibus
4hs de espera na estação, assistindo filmes no computador e esperando ser 9hs pra ligar pro pessoal da AIESEC

9hs, começo a viagem em direção ao escritório... 11hs chego lá...
Istanbul faz eu me sentir "em casa" pelo caos, as multidões, os engarrafamentos... 2hs pra ir de um lugar a outro na cidade... eu não to mais acostumada com isso...

Como na minha viagem de Pascoa as rodinhas da minha mala quebraram (e a alça já tava quebrada), eu tinha literalmente uma mala sem alça e sem rodinha...
...por isso, resolvi aproveitar a tarde de 2a feira pra comprar uma mala nova...

Como eu não tinha muito dinheiro pra investir na mala, fui procurar mala nova num lugar bem parecido com a 25 de março em São Paulo... ruazinhas cheeeeias de gente, vendedores de tudo que é coisa no meio da rua, gente tentando te puxar pelo braço pra tu comprar as quincalharias deles... acabei achando uma mala por 50 reais... bom :)

Segunda a noite dormi em Istanbul e acordei as 5h da manhã pra ir pro aeroporto e pegar o avião pro próximo destino...

Terça, 8h20 da manhã: vôo Istanbul - Trabzon

Trabzon é uma cidade no leste da Turquia, nas margens do Mar Negro. É uma das cidades mais importantes daquela região, mas não tem muito o que fazer por lá...

Cheguei as 10h da manhã... a ida do aeroporto até o lugar onde eu ia pegar o ônibus pro próximo destino foi engraçada... Ninguém fala inglês... e eu tinha anotado o nome do lugar onde eu precisava ir (tinha pesquisado antes, claro!): Çomlakçi (se lê "tchomlaktchi"). Então eu só falava essa palavra e fazia cara de ponto de interrogação... e as pessoas apontavam... Acabei achando o caminho...

Chegando lá... não era uma estação de ônibus... era simplesmente uma rua cheia de banquinhas vendendo moraguinhos, banana, iogurte, geleia e pneus... e onde os ônibus estacionam...

Entrei na lojinha que vendia passagens pra Tbilisi. Barganhei no preço e comprei a passagem (15 reais mais barato do que o preço inicial!! isso só existe por aqui!! :P)
Deixei a mala lá e saí pra passear...

Andei pelas ruelinhas estreitas e cheias de gente vendendo de tudo, vi umas 26 mesquitas, caminhei na beira do Mar Negro (mas o povo lá não cuida... é sujo e feio... não tinha muita graça andar por lá)... fui no museu "Santa Sofia", uma igreja que foi construida pelos bizantinos, usada como igreja cristã, como mosteiro... e que hoje é só museu mesmo... tirei fotos, caminhei aleatoriamente pela cidade entediada... e voltei pro lugar de onde meu ônibus saía...

20hs: Trabzon - Tbilisi
Não era um ônibus... era um micro-ônibus... e a viagem que me esperava ia levar 12hs... :P

...levou 13 :S

O micro-ônibus era uma comunidade interessante de pessoas... alguns turcos, a maioria mulheres da Georgia... um norte-americano e eu... (as 2 unicas criaturas que falavam inglês)

As pessoas iam conversando (e, na maioria das vezes, pela entonação da voz, discutindo ou brigando) entre elas... não importando aonde estavam sentadas (o pessoal do fundo do onibus gritava pros lá da frente...)...

Quando o micro-ônibus parava em alguma cidade, o pessoal descia e gente nova subia... as pessoas novas sentavam em qualquer lugar (já que não tinha lugar marcado) e quando as que já tavam antes voltava, tinham que sentar em outro lugar... não gostei da idéia e preferi não descer nunca :P

O motorista ia ouvindo musica turca/georgia (não consegui identificar o idioma, já que os 2 são ininteligíveis pra mim) no último volume (mesmo que fosse 1h da manhã!!)

E toda vez que alguem queria parar pra alguma coisa, ele parava... parou pro pessoal comprar água... parou pra descerem pra comprar comida... parou pra trocar dinheiro (depois de cruzarmos a fronteira)... parou pra dar informação pra um cara na rua... parou pra TUDO!!!

Ah, e claro... a fronteira! Eu era a única que precisava de visto... entreguei meu passaporte e o sorriso básico: "ah, brazilian... Rio de Janeiro?? Ronaldinho??" :P
Aí me mandaram pra polícia, pra fazer o visto... dei o passaporte, me deram um papel pra pagar no banco... fui no banco... tinha que trocar dinheiro... troquei dinheiro... fui no banco, paguei... levei o comprovante na polícia... fiz o maldito visto...

Voltei pro ônibus, todo mundo começou a gritar comigo (decerto porque demorei demais... que culpa eu tenho?? :P)

Depois de todas as paradas, as tentativas de dormir (sentada, com a cabeça caindo no ombro e batendo na janela)...

Terça, 10hs... chegada em Tbilisi

E não, a viagem não termina aí!!! Porque aí encontrei com o pessoal da AIESEC e eles me levaram pro lugar onde eu ia morar: Rustavi, uma cidade a uns 30km de Tbilisi...

Lá pelas 11h da manhã, finalmente pude tomar um banho e dormir algumas horas decentemente... :)

Resumo da viagem:


E agora estou em Tbilisi, organizando a primeira conferencia da AIESEC na Ásia Central e Caucasus... amanhã começamos!!! O pessoal tá se empolgando por aqui!! Mais notícias em breve :)

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Bulgária... e a incrível sensação de estar em casa...


Adoro a Bulgária!!



Não é o país mais bonito que já conheci... tampouco o de história mais interessante... também não é o que mais me impressionou... mas é, com certeza, onde eu me sinto mais em casa!

Cheguei em Sofia (a capital) e achei meu caminho até o apartamento do MC... tomei um banho e percorri a pé os 20 minutos até o escritório, como se estivesse andando na minha cidade natal... cheguei no escritório e fui recebida com abraços fortes de uma “família” que me acolhe muito bem...




(a vista da janela do escritório)
...participei de uma conferência onde discuti assuntos interessantes com gente muito inteligente e com vontade de mudar o mundo... compartilhei meus aprendizados, minhas viagens e cultura brasileira com gente que tá se preparando para o intercâmbio e me fazia perguntas inteligentes sobre o Brasil (nada dos estereótipos samba-mulher-pelada-futebol-e-carnaval!)... vários membros vieram me agradecer e apreciar meu trabalho... e, falando de trabalho, tive a visita mais produtiva da minha gestão!
(com o pessoal da coferência)


(trabalhando com o novo time do MC - criando o modelo de planejamento para os comites locais)

...como não gostar?

Além disso, aprendi um monte sobre a Bulgária, a cultura... já consigo ler cirilico, entendo várias palavras... aprendi a dançar "XOPO" (se lê "roro"), dança típica de lá... me levaram num restaurante típico pra comer comida búlgara...


(dançando xopo)


(com o pessoal do CL Sofia UNWE, no restaurante búlgaro)
E não foi só isso!

O pessoal de lá me mimou um monte! :) Carregavam minha mala/mochila, cozinharam pra mim, me levaram pra passear, me convidaram pra visitar suas cidades (e, assim, conheci Veliko Tarnovo e Varna), me receberam em suas casas, não me deixaram sozinha nem por um minuto (sempre tinha alguém tomando conta de mim... e quando um não podia mais estar comigo, ligava pra outro que vinha me encontrar), foram ótimos guias turísticos, ficavam super felizes toda vez que eu lia em cirílico ou falava algo em búlgaro... e um deles até levou minha roupa suja pra lavar na máquina de lavar dele...


(janta com o MC - os guris que cozinharam pra gente!! :D)

...muito bom ter gente pensando em mim, tomando conta de mim e fazendo eu me sentir segura e confortável...

Adoro a Bulgária!!

(não faz nem 12 horas que deixei o país e já to com saudade)


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É primavera!!

Incrível como a primavera acontece rápido por aqui... fui dormir num domingo de árvores tristes, sem folhas... e acordei numa segunda-feira de flores branquinhas por todos os lados...

E agora não só as flores branquinhas anunciam a alegria da nova estação como também há folhas verdinhas nascendo, as flores amarelas já estão desabrochando (as próximas, pelo que lembro do ano passado, são as cor-de-rosa), as mesinhas dos cafés já estão nas ruas... e a temperatura finalmente tá agradável! Tava com saudade...

E, como filosofia de Mafalda nunca é demais, repito a do ano passado...

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O melhor da Sérvia são os sérvios

Na Sérvia, minha visita teve foco em visitar os comitês locais... isso significa que em 1 semana visitei 3 comitês e tive reuniões com mais 2... e isso também significa que viajei bastante pelo pais e conheci várias cidades... Belgrado, Kragujevac, Novi Sad, Subotica, Nis...


Belgrado me recebeu com a chuva que chorava os 10 anos do bombardeio... mas depois se fez primavera de temperatura agradável que deixou a gente caminhar pela fortaleza e ver o lugar onde o Danúbio e o Rio Sava se encontram. Também lá vi um pouco da vida noturna – a ruazinha de restaurantes típicos onde tomamos vinho e recebemos serenata de música folclorica, o fast-food barato onde experimentei comida típica, o karaoke onde meus amigos se aventuraram e cantaram no palco.

(chuva em Belgrado)

(na fortaleza)

Em Kragujevac conheci a primeira escola de lingua servia, datada de séculos atrás... em Novi Sad passeei pelo centro de prédios iluminados e tão bonitos quanto os de Budapeste ou Viena, saí pra tomar rakia com mel e ouvir música típica tocada por acordeão, violão e contrabaixo... e no sábado aproveitamos o sol e a manhã agradável pra dar uma volta pela fortaleza de lá e, mais uma vez, ver o Danúbio cortando a cidade.

(musica tipica ao fundo)

(na fortaleza)

Subotica recebia a primavera com as primeiras mesinhas dos cafés do lado de fora e com um grupo de trompetistas que animava um casamento, no meio da praça. E em Nis além de ver a influência turca na arquitetura da cidade, fui numa kafana (restaurante típico sérvio, normalmente com música ao vivo) e tive um bom jantar típico.

(mesinhas na rua em Subotica)

Mas, como diz o título desse post, o melhor da Servia são os sérvios! Minha semana por lá não seria a mesma se não fossem os ótimos hosts que me receberam, me levaram pra passear,me mostraram a cultura, a música e a hospitalidade dos sérvios... Hvala!


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