Bárbara

...porque sempre parto antes que comece a gostar...

Mais uma vez estou partindo...

Amanhã embarco para minha mais nova aventura: coordenar um projeto em Salvador!

Vou a trabalho, pela Aliança Empreendedora, ONG que eu estou trabalhando desde setembro. Devo ficar por lá uns 5 meses e voltar a Curitiba, ainda ligada ao projeto.

Mas... mais uma vez estou de partida... mudança, encaixotar coisas, fazer mala com bem poucas coisas, deixar coisas, pessoas, momentos para trás...

...e chegar lá e começar tudo de novo: cidade nova, casa nova, amigos novos, rotina nova... aventura nova!

Parece que já estou acostumada... mudança já não dá mais aquele frio na barriga... já não fico ansiosa, já não tenho medo do desconhecido... Mas ainda é triste deixar os amigos que conquistei no tempo que estive aqui... e de certa forma já estou cansando do recomeçar... de começar tudo do zero, de construir tudo de novo (ainda mais sabendo que fico lá temporariamente mais uma vez)

Estou feliz por ser a Bahia, Salvador... por ser Brasil (tão bom estar de volta no Brasil!), pela cultura, pelo verão, pela praia, pelo carnaval! Além de o projeto ser muito interessante!!! Um grande desafio e uma grande responsabilidade!! (conto mais em outro post)...

Estou triste por ter passado tão pouco tempo em Curitiba, cidade que aprendi a gostar muito nesses 4 meses que estive aqui... estou triste por não estar mais no escritório da Aliança, com aquela galera tão animada e o clima de trabalho tão legal... e triste por mais uma vez deixar amigos queridos...

Estou feliz porque sei que serei bem recebida (já tenho casa pra morar nas primeiras semanas), porque vou rever amigos que tenho por lá... e feliz também porque, já que continuo na mesma ONG e devo ficar só 5 meses em Salvador, eu volto pra cá e vou rever o pessoal daqui!

Mais uma vez: alegrias e tristezas da partida... mais uma vez coisas que ficam para trás e todo um universo novo a ser explorado... mais uma vez novas possibilidades, novos caminhos, novas portas que se abrem... mais uma nova aventura... que venha Salvador!!

"O saleiro do mundo". Uma imensidão de sal a mais de 3600m de altitude. Um deserto salgado no altiplano boliviano. O Salar de Uyuni tem aproximadamente 12mil km² e 10 bilhões de toneladas de sal...

Fotos! O Salar é um dos lugares mais legais para tirar fotos, já que a imensidão branca faz com que se perca a noção de profundidade e perspectiva - e faz ser possível tirar aquelas fotos divertidas, típicas de quem visita o Salar (óbvio que tiramos algumas... confira aí!)

Há mais de 40.000 anos, era um lago, parte de um mar... que secou e deixou apenas o sal - uma camada que chega a mais de 120m de profundidade em alguns pontos. Por ter sido mar, em alguns lugares do salar, há ilhas de corais (sim, corais!!). E como há muito tempo o clima é desértico (seco e de altitude), há cactus (alguns com mais de 9m de altura) que nasceram nos corais... Então imagine a paisagem: corais, cactus e uma imensidão de sal para todos os lados, até onde a vista alcança!

Passamos um dia tirando fotos, conhecendo a ilha Incahuasi (essa dos corais e cactus), comendo carne de lhama... e, à noite, dormimos em um Hotel de Sal! As paredes do hotel são feitas de tijolos de sal (que eles cortam do salar), as mesas, os banquinhos, as camas... tudo é de sal!

E, claro, eu não podia deixar de experimentar - e ver se era salgado mesmo!

Emerson tem 4 anos. Ele é da tribo dos Uros, ou "homens do lago", que vivem sobre ilhas flutuantes construidas de totora, uma planta bastante comum no Lago Titicaca.

Emerson vai à escola sozinho - ele já sabe remar e rema o bote de seu avô para se locomover de uma ilha a outra - e reclama que lhe dão muito dever de casa.

O avô, Barnabé, também é um uru, que nasceu e passou toda a sua vida sobre as ilhas feitas de totora. A ilha onde eles moram se chama Utama, que significa "sua casa" em aymara, idioma falado pelos uros. O avô lhe ensina muitas coisas, dentre elas o artesanato de totora - e Emerson diz que quando for grande vai construir sua própria ilha.

Emerson ainda não tem irmãos (mas a sua mãe, Helena, está gravida). Por enquanto ele prefere dizer que as flores (tica, em aymara) são suas irmãzinhas. Ele passa horas brincando com as elas e com as "pipilinko" (borboletas) do seu jardim.

Outra distração para Emerson é receber os turistas e posar com um sorrisão para suas fotos... passamos 1 dia na ilha de Utama com Emerson e sua família e esse pequeno homem do lago nos ensinou muitas coisas...