Sampa...

Alguma coisa acontece...

É que quando eu cheguei por aqui, eu nada entendi

Da dura poesia concreta de tuas esquinas (...)

Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto


Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto o mau gosto (...)

O povo oprimido nas filas, nas vilas favelas

Da força da grana que ergue e destrói coisas belas

Da feia fumaça que sobe apagando as estrelas (...)

Foste um difícil começo, afasto o que não conheço

Quem vem de outro sonho feliz de cidade

Aprende depressa a chamar-te de realidade


Porque é o avesso do avesso do avesso do avesso

Comentários(5)

5 Response to "Sampa..."

  1. Anônimo, on setembro 10, 2006 said:

    "(...)Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não-vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio (...)". Trecho de "Vista cansada", Otto Lara Resende

  2. Thiago Melchiors, on setembro 14, 2006 said:

    olha só, muito tempo sem te ler mas tá como sempre inspridada né moca!! beijos

  3. Raphael Camargo, on setembro 14, 2006 said:

    Estamos ansiosos pela sua chegada... nossa coach mais querida :)
    Com câmera digital vai ter muito o que postar por aqui.

    Bjo
    Raphael

  4. Anônimo, on setembro 14, 2006 said:

    teu blog esta muito lindo, adorei fazer parte dele, nas minhas visitas aos locais bonitos de São Paulo. bjos da Lulu

  5. Anônimo, on setembro 14, 2006 said:

    Mesmo o concreto tem poesia, é uma poesia concretista... mas tem também a poesia mais pura e bela das formas do mestre Niemeyer. Ah ele não tem árvores. Mas às vezes a poesia não precisa de árvores...
    Mas a poesia que é para ver nem todos veem. Temos que ter olhos na mente para enxergá-la.