Rotterdam


Como parte da minha transição para meu novo cargo, passei um mês em Rotterdam, na Holanda... lá fica o escritório da AIESEC Internacional e nós – os responsáveis pelas diferentes regiões – participamos de uma semana de transição, uma de treinamento e uma de planejamento com eles...
Na AIESEC Internacional normalmente trabalham em torno de 22 pessoas... como eles também estão em transição, eram 44... e nós... um grupo de 12 pessoas que trabalham com as regiões da Asia-Pacífico, Africa, Oriente Médio e Norte da África, Europa Ocidental e América do Norte, Iberoamerica (America Latina + EUA + Espanha) e Europa Centro-Oriental (que é a região que eu trabalho) – grupo esse que se chama “GN Boards”
Obviamente, o time da AIESEC Internacional somado aos responsáveis por diferentes regiões do mundo... só poderia ser um grupo altamente variado de diversas nacionalidades... o nosso grupo de 12 pessoas representava 10 nacionalidades (Tunisia, China, Uganda, Polônia, Islândia, Bélgica, Brasil, México, Colômbia e EUA)


Isso significa que um típico sábado podia ser tão variado como... acordar e tomar café da manhã colombiano comendo arepas com 4 colombianos... tomar um chimas e almoçar com brasileiros, passear pela cidade com uma polonesa e terminar o dia em uma janta chinesa, assistindo um filme de Hong Kong!
Claro que o nosso grupo é algo especial... mas a população de Rotterdam é famosa pelo fato de ser formada por 55% de estrangeiros (sim! Há mais estrangeiros do que holandeses morando lá!)... e isso facilita muito as coisas, já que todo mundo que tu cruza na rua fala inglês
Não só nas pessoas está a variedade de Rotterdam, mas também na arquitetura da cidade... A minha teoria é de que, depois da segunda guerra, como a cidade foi bastante destruida, um grupo de arquitetos malucos resolveu se juntar e, cada um a seu estilo, reconstruir a cidade... e isso resultou nas famosas “casas cúbicas” – que são umas casinhas que parecem um dado colocado inclinado sobre uma base de metal... tendo na sua parte inferior uma das pontas do dado... e tendo as paredes inclinadas e as janelas apontando ou para o chão ou para o céu... (só imagino como as pessoas fazem pra mobiliar a casa e morar lá!)

Além delas, há diversas outras bizarrices arquitetônicas, como um prédio que parece um lápis gigante, um que é um quadrado com um tubo vermelho no meio, uma estação de trem que é um anel pendurado em uns fios de ferro... e, claro, diversos prédios ultra-modernos que convivem lado a lado com as casinhas de boneca de telhadinhos triangulares...


A maior parte do tempo em Rotterdam, passávamos dentro do escritório recebendo treinamentos, planejando as atividades do ano e tendo reuniões sobre como estabelecer cooperações entre o leste europeu e a China ou a América Central... mas também nos divertimos muito por lá!
O grupo dos GN Boards era muito legal e fizemos muitas coisas juntos... de caminhar e se perder pelas ruas da cidade até pular de bungie jump... passando por uma cervejinha no terraço do prédio, um fim de tarde na beira do lago e sair pra dançar no sábado a noite... nos divertimos muito!




Como em época de transição tem muita gente morando lá em Rotterdam, alojar todo mundo era um problema... eu e a Juli (que é dos EUA, passou a infância no Irã e agora é a coordenadora da Ásia Central e da região dos Caucasus) dividíamos um sofa... mas na verdade nem dormimos muitas noites lá, já que a casa era longe do centro e muitas vezes acabávamos ficando em qualquer canto, em casas de gente que mora mais perto... com isso dormi em sofás, sacos de dormir, cobertores esticados no chão... e até no corredor na frente do quarto do dormitório de um dos guris (porque chegamos antes dele da festa e tinhamos que esperar do lado de fora... acabamos pegando no sono e dormindo ali por pelo menos meia hora...). Depois de um mês nessa vida de nômade, eu não via a hora de ter um colchão só pra mim!
Um dos dias mais legais lá foi quando fomos a Den Haag (ou The Hague, ou La Haya... não tenho ideia de como se chama em portugues). Isso é uma “praia” no “litoral” da Holanda... [entre aspas porque para os latinos que estávamos lá ir pra uma praia onde a água é gelada (no Mar do Norte), é preciso andar de roupa na beira da praia e colocar os pés na água é congelante... isso não é exatamente o que a gente esperava de uma praia...]
De qualquer forma, foi muito legal ver areia e ondas, por os pés na água salgada, catar conchinhas e escutar o barulho do mar... Além disso, 2 dos nossos amigos – a guria dos EUA e o belga – pularam de bungie jump sobre o mar... a paisagem para o salto era linda: fim de tarde, o mar lá embaixo com as ondas se agitando, o vento com cheiro de sal... e a gente era o “time de suporte”... tiramos fotos, fizemos videos dos saltos, demos apoio moral... hehe


E depois, fomos pra beira da praia sentar na areia, conversar, tomar cerveja, tirar fotos e olhar o sol se por no mar...


E no último final de semana que estávamos lá foi a festa de transição da AIESEC Internacional, que é bem famosa entre o pessoal da AIESEC aqui na Europa... então veio gente de diversos países, teve festa no terraço do prédio, churrasco no escritório (era pra ser no parque, mas choveu ), campeonato de futebol e uma noite que, depois da festa oficial, em um bar chique, fomos pra um lugar de musica latina e dançamos salsa, merengue e reaggeton até suar e as pernas ficarem doendo de tanto dançar!
Agora, depois desse mês na terra das tulipas, dos coffeeshops, dos moinhos e onde chove todos os dias (acho que nesse mês todo, teve 2 dias que fez sol o dia todo... nos outros dias sempre chovia pelo menos um pouquinho)... to de volta a Budapeste e me mudei pro meu novo apartamento! Amigos que queiram visitar, são bem-vindos!

Comentários (1)comentários

1 Response to "Rotterdam"

  1. Sergio Schuler, on julho 31, 2008 said:

    Coisa mais triste que tem é uma cidade com arquitetura funcional. Dá-lhe, Rotterdam!