Mundo Mágico...

Quero morar em Pandora, voar em bichos alados gigantes que se conectam comigo pela minha trança, ser uma elfa, ter um amigo leão-rei-deus, entrar em terras encantadas através da porta do meu guarda-roupas e ter um vampiro apaixonado por mim...

...afnal, não é porque a gente cresce que tem que deixar de gostar de contos de fada... ;)

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Leituras

Lembro-me bem das palavras escritas na porta da minha sala de aula da 1a série do colégio:

"Existe um mundo mágico
Que você vai conhecer
Assim que descobrir
Que você já sabe ler"

E assim foi... um mundo fantástico se descortinou diante de meus olhos... fadas, vampiros e lobisomens, leões, feiticeiras e guarda-roupas, príncipes, mocinhos e bandidos, códigos e crimes a serem desvendados... cada livro aberto trazendo emoções, risos e lágrimas...

Sempre fui rata de biblioteca... adoro caminhar por seus corredores, tocando os livros, tirando eles das prateleiras pra ler as contracapas, as orelhas... sentar no chão com pilhas deles até escolher quais vão me acompanhar até em casa...
Também adoro livrarias, o cheiro de livro novo, folheá-los, ler trechos dos livros recém lançados, sob os olhos incriminantes dos vendedores dizendo para devolvê-los às prateleiras (e ai surgiram as livrarias que deixam a gente passar a tarde lendo... que alegria!)

E agora, na minha readaptação ao Brasil, me dei conta do quanto sentia falta disso... de ler!!

Ler livros bobos, que não me façam pensar em nada além de suas histórias triviais... ler livros fantásticos que me conduzem, como se fosse criança, a seus mundos mágicos... ler best-sellers e comentar com outras pessoas que já os leram a minha opinião... ler escritores brasileiros, meus velhos conhecidos... ou os gaúchos e seu orgulho impresso em suas histórias sobre a nossa terra... mas, principalmente, sentia falta de ler em português! Sentia falta da liberdade de entrar em uma biblioteca ou livraria e ser capaz de entender TODOS os livros que lá se encontram!!

(afinal, na Hungria, apesar de eu ter carteirinha em uma bilbioteca, as prateleiras de livros em inglês eram restritas... e em português ou espanhol, ínfimas)

E a minha felicidade é tanta, que, em  pouco mais de 1 mes, já li 7 livros... alguém tem livros bons para indicar? Aguardo nos comentários ;)

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Fevereiro e a curva do choque cultural

Nos meus últimos 2 fevereiros eu estava do outro lado do equador (e do outro lado de Greenwich também), o que significa que era inverno.

As teorias de choque cultural te ensinam sobre como varia teu humor conforme o tempo fora do teu país vai passando.

O que ninguém nunca me ensinou foi o impacto de “fevereiro” para os brasileiros.

Fevereiro é sempre depressão, é um vale profundo no gráfico do choque cultural.

Acontece que do lado de lá, fevereiro é inverno. Mas não é mais aquele início de inverno, quando ainda é interessante descobrir que teu cabelo congela, quando ainda é divertido brincar na neve... não, não, lá é frio desde outubro e neva desde novembro... Então em fevereiro tu não agüenta mais o frio, tu já acha um saco que as bochechas e a ponta do nariz fiquem vermelhas cada vez que tu sai pra rua; tu já acha um saco a neve que gruda na barra da calça e vira água quando tu entra em qualquer lugar... e tudo fica molhado e sujo.

E fevereiro ainda não é tão final do inverno para que tu já esteja esperançoso com a chegada da primavera... ainda não tem a intenção das flores, os dias ainda são muito menores do que as noites (e, claro, tu já não agüenta mais perder teu domingo inteiro porque tu acordou as 2 da tarde depois daquela festa no sábado e, quando, viu, as 4 já era escuro e teu dia se foi, evaporou-se, ninguém sabe pra onde...)

Mas tudo isso acontece com qualquer pessoa que esteja no hemisfério norte em fevereiro, claro!

O problema com os brasileiros é que, somado a isso, todos os teus amigos do Brasil vem te dizer “bah, cara, tamo indo pra Capão esse finde” ou “amiga, a gente ta indo pra Floripa... queríamos tanto que tu tivesse aqui!” ou, pior ainda, quando começam os planos de Carnaval... “ah, porque a gente tava pensando em aproveitar esse ano e conhecer o Rio / Salvador / ___ (insira o nome daquele lugar onde tu sempre quis passar o carnaval)”

E mesmo que tu não goste de carnaval, tu daria tudo pra estar do lado de cá, bronzeado, deitado na rede, caminhando na areia, entrando no mar, acampando, tomando banho de cachoeira...

E tu começa a fantasiar que o mar de Capão nem era tão nescauzão assim, que o mar nem era tão gelado, que a areia nem te dava micose, que tu nem ficava tão vermelha com o sol... e tu daria tudo pra trocar o in(v / f)erno europeu pela divertidíssima Forno Alegre... por mais que teus amigos continuem dizendo que te invejam tanto que tu ta lá na neve, chiquérrima!

Afinal, parece que a gente nunca ta feliz onde está...

(PS: to em Arroio Teixeira, prainha minúscula do RS onde não tem nem um barzinho onde tomar uma cervejinha durante a semana, aproveitando a sensação térmica de 40 graus e felicíssima de estar bronzeada, tomar banho de mar todos os dias - sem me importar se ele ta gelado, se as mães d’água me pegam ou se é chocolatão - e passar as tardes sem fazer nada, deitada na rede e lendo vários livros inúteis... afinal, depois que tu passa por todas as curvas do choque cultural, tu começa a valorizar muito mais o lugar onde tu está, seja ele qual for)

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