Adoro Budapeste!

Algumas pessoas me perguntam se eu gosto mais de Praga ou de Budapeste...

...Praga é mais bonita, mais romântica... mas Budapeste definitivamente tem mais VIDA!!


E a gente tem aproveitado muito a vida por aqui...

Desde que cheguei da minha visita à Croácia, não parei! Pra ter uma idéia:

- 2a feira, 13: sair com os trainees no Morrison's, um bar que tem 3 cervejas por 5 reais e muitos estrangeiros nas 2as feiras... todo mundo fala inglês e tem karaokê e pista pra dançar... bom pra cantar, dançar, se divertir e paquerar ;) - tem muito homem bonito por lá!

- 3a feira, 14: lavar minhas roupas... ok, isso não é divertido, mas era necessário, já que depois da viagem eu não tinha mais roupas limpas :P

- 4a feira, 15: ir no Szimpla com os trainees - esse é um bar com uma decoração toda alternativa (de cabeças de boneca servindo de lustre até um carro sem a capota que serve de mesa)... com um pátio interno ao ar livre... bom lugar pra sentar e conversar com os amigos... longas conversas com trainees de tudo que é canto... (e eles tem cerveja negra!)

- 5a feira, 16: fomos num evento de uma comunidade de expatriados (estrangeiros que moram aqui) - InterNations... era uma janta mexicana, com degustação de tequila... detalhe para o lugar: um restaurtante em um barco ancorado no Danubio! Com vista para a ponte e o castelo! Lindo!!
E na volta pra casa, caminhando, passei por um bar/danceteria onde as pessoas dançavam um monte e faziam várias voltas... entrei pra ver: eram danças folcloricas húngaras!! Assisti um pouco, fiz uns videos (ver abaixo)... e fiz amizade com um argentino e um mexicano que também tavam assistindo os húngaros dançarem :)

(no barco-restaurante, com a Anula - reparem a ponte ao fundo!)


(dança húngara)

- 6a feira, 17: sair pra dançar com a Anula. A musica era boa, mas os homens feios... nos divertimos mesmo assim! ;)

- sabado, 18: encontrei uma biblioteca onde posso retirar livros em inglês! e posso pegar até 8 livros por 1 mês! Adorei! Além de que a biblioteca é em um prédio super antigo e enorme :)
Depois fomos com um belga e um colombiano para um passeio de barco pelo Danúbio (a Anula tinha uns ingressos grátis)... lindo! O barco passou pelo parlamento, castelo, ponte das correntes, chegando até a ilha Margit... e era no fim da tarde, então quando escureceu vimos todas as luzes da cidade - do rio!
Aí fomos pra casa, tomamos vinho (que a garrafa custa 3,50 e é vinho bom - Tokaj!!) e fomos pro aniversário de uma trainee de UK... musica boa, gente legal, homens bonitos... e festa boa ;)

(no passeio de barco: Gustavo, eu, Anula e Tom)

- domingo, 19: acordar tarde, de ressaca... e ir passear pelos morros de Buda... o outono lá é lindo!!! folhas pelo chão, árvores amarelas, laranjas, vermelhas, marrons... tomar mate, caminhar pelo bosque... e subir na torre que é o ponto mais alto da cidade pra ver a vista lá de cima... linda!
Longas conversas com a Anula sobre a diferença de percepção dos latinos e os europeus... o que é cavalheirismo para uns pode parecer dependência para outros... o que para uns é só uma gentileza, para outros pode parecer uma obrigação e causar sentimento de inferioridade... o que para uns significa um gesto de carinho, para outros pode parecer uma tentativa de envolvimento... muito interessante! deveríamos escrever um livro sobre o tema ;)
À noite, cozinhar polenta e me sentir em casa jantando com a Anula e uma mexicana :)

(brincando feito crianças no outono)
"Vamos passear no outono, enquanto o inverno não vem" (ao ritmo de "vamos passear na floresta, enquanto o seu lobo não vem")

- segunda, 20: uma russa esteve nos visitando... sai do escritório e levei ela pra dar uma volta pela cidade, pra ver a ponte e o castelo iluminados...
e depois: Morrison's de novo... esse é o destino certo das segundas-feiras... e a festa é boa sempre!!!

- terça, 21: dançar salsa em um lugar cheio de latinos... encontrei colombianos, mexicanos, peruanos... e dancei a noite toda!!

- quarta, 22: assistir a pré-estreia de um filme húngaro (com legendas em inglês, claro) em um cinema alternativo... e depois ainda encontrar o ator principal na saída :)
E... assim como 2a é dia de Morrison's, 4a é dia de Szimpla (o mesmo da 4a passada)... e como era a ultima noite da Anula aqui, fomos caminhar pela cidade, na beira do rio, pra ela se despedir de Budapeste...

- quinta, 23: era feriado na Hungria. Dia da revolução contra a Russia e o comunismo... como choveu, nos encontramos em casa, comemos lentilha, tomamos suco de goiaba e assistimos Diarios de Motocicleta (com uma mexicana e um colombiano)
** pode parecer idiota eu ressaltar que comi polenta ou lentilha... mas essas coisas não se come aqui... por isso fico tão feliz quando como! **


No fim da tarde, ir ao Szimpla, encontrar os trainees... ter conversas interessantes sobre governo, liberdade de expressão, revolução, perseguição, história da guerrilha na Colômbia e otras cositas más... e depois sair pra dançar...

No caminho para o lugar de dançar, não havia transporte... perguntamos a um guarda como chegar lá. E ele:

- São 10 min caminhando

- Tá, mas por que não tem transporte?

- Ah, porque tem uma bomba em Nyugati (um lugar que era no caminho de onde íamos)

- Mas... e se tem uma bomba, é seguro caminhar pra lá?

(e o guarda, na maior calma:)
- Ah, é sim...
:P

Bom... fomos mesmo assim... mas que esses húngaros são engraçados... isso são :P

(não se preocupem, não aconteceu nada... os policiais desativaram a bomba e ninguem se feriu)

- sexta, 24: como comemoração à revolução, havia um museu ao ar livre reproduzindo casas, bares, museus, etc. dos anos 50 (a revolução foi em 56)... fomos com 1 hungaro e um bando de trainees... teve também um desfile de roupas típicas da época... um sarro!
A noite, jantar com o colombiano e a mexicana, beber na casa do indiano e depois sair pra dançar... o lugar se chama Moulin Rouge... era pra ser uma festa latina, mas sim, como o nome dá a entender, tinha mais cara de cabaret!!! Decidi ir pra outro lugar... fui naquele bar que tinha dança húngara na semana passada (que é um lugar mais alternativo... uma espécie de espaço de arte, onde tem várias coisas húngaras)... tinha uma banda húngara tocando rock... era legal!
E por muita sorte, encontrei uns trainees lá... sem combinar nada! :)

(a comemoração - a bandeira tem um furo no meio porque aí estava o símbolo do comunismo... então na revolução, rasgaram a bandeira pra tirar o símbolo - hoje a listra é branca, sem símbolo nenhum)

- sabado, 25: acordar super tarde, dar um jeito na casa, trabalhar um pouco (já que 5a e 6a não fiz muita coisa), usar internet de graça no McDonalds da esquina...
E me encontrar com a mexicana, o colombiano (de agora em diante eles se chamam Olga e Gustavo) e umas amigas mexicanas e eslovacas que estavam por aqui... passear pelo distrito do castelo, ver a cidade de cima à noite, tomar mate sentados no topo do túnel... e ir pra casa comer feijão com farofa! :)

Depois, sair pra dançar com os trainees... mas esse fim de semana a gente não acertou uma!! o lugar onde fomos tinha uma mulher semi-nua com asas de borboleta rebolando em cima de uma mesa e uma outra fez strip-tease completo (sim!! ela ficou completamente pelada no palco!!)... e quando começou a dar a entender que ela ia se masturbar no palco, decidi que era mais do que hora de ir embora!!

Fui pra outro bar (com a Simone, de UK)... um lugar bem mais tranquilo, com musica legal e uns discos de vinil pendurados pelo bar como decoração... dançamos, tomamos cerveja, conheci um persa e conversamos sobre o oriente médio e como a situação de lá fez ele migrar pra Budapeste e estudar música aqui...


(a vista da cidade de cima - à noite)

- domingo, 26: acordar mais tarde ainda (2h da tarde! :P), almoçar com o Gustavo, ir na casa da Olga encontrar com os trainees... assistir filme com as gurias, ir às compras pro jantar, cozinhar (sopa lituana e massa), jantar com eles... e terminar a noite assistindo "Meu tio matou um cara" com um português (e ele nem precisava de legenda! haha)

- segunda, 27: o Juanca finalmente chegou! Fui pra casa esperar ele, já que ele tava sem chave... fiz almoço pra gente... e, como toda boa segunda-feira... à noite fomos no Morrison's... adoro esse lugar! :)

- terça, 28: 3as passaram a ser noite oficial de salsa... dessa vez o Juanca foi também!

- quarta, 29: noite colombiana pra comemorar o café que o Juanca trouxe... o Gustavo fez ajiaco (uma sopa tipica da Colombia), tomamos café Juan Valdez e ouvimos Carlos Vives, Bacilos e Juanes...

(Gustavo, Barbara, John, Juanca e Olga)

- quinta, 30: isso é hoje! e a programação é ir ao Szimpla, já que falhamos ontem ;)

Amanhã tem um festival indiano Duwali... e depois festa de Hallowen... e o fim de semana também promete!

Dá pra entender por que eu adoro essa cidade?? Ficou com vontade?? Vem me visitar!!!

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Zadar

Meu objetivo na Croácia era visitar a AIESEC de lá, participar da conferência nacional deles e depois trabalhar com o pessoal do comitê nacional por uns dias pra definir quais são os passos que devem ser feitos pra eles atingirem seus objetivos para o ano…

…mas quando minhas reuniões terminaram e eu tinha o final de semana pela frente, disse “não posso ir embora da Croacia sem conhecer as praias”… somado a isso, fui convidada por uma das gurias da AIESEC Zagreb pra passar o fim de semana com ela, na casa de seus pais… fui!

A viagem pra Zadar cruza as montanhas, passando pelo outono e as árvores de todas as cores… tem uma parada lá no alto, onde é preciso colocar casaco pra descer do ônibus… atravessa túneis, contorna montanhas e finalmente cruza um túnel de 5km que é a porta de entrada da Dalmatia! E a paisagem muda com essa passagem… do colorido das árvores de outono, passa-se a uma região ensolarada, com uma agradável temperatura de 20 e poucos graus… e logo, logo já dá pra avistar o azulão do mar no pé das montanhas…

A cidade de Zadar é uma península rodeada pelo mar e por muros medievais que cercavam a cidade no passado... as ruas são estreitas passagens de pedras largas, brancas e escorregadiças... as igrejas e torres são de pedras opacas e se tornam alaranjadas a noite, com as luzes projetadas em suas paredes. O mar é de azul escuro e sem ondas... e a vista de cima da torre da igreja avista os telhados alaranjados da cidade antiga e também os prédios altos, novos e modernos da cidade nova...

Caminhar na cidade durante o dia tem cara de aula de história, com a universidade de mil trezentos e algo e as escavações que encontraram colunas romanas...

andar pelo calçadão à beira mar tem cara de férias, mas não tem cara de praia... é mais uma cidadezinha pacata e limpa beijada pelo mar do que a bagunça e festa da maioria das cidades-praia do Brasil...

No fim da tarde, as pessoas sentam pra escutar o mar tocar piano (sim, existe um “piano” que foi construido fazendo-se buracos nas pedras onde o mar entra e toca diferentes notas dependendo do vento e da dança das águas)... a música é relaxante e é o perfeito acompanhante para o pôr-do-sol... sol que mergulha no azul e nas ilhas, pintando de fogo as águas do mar...

Zadar à noite dá uma impressão de calma, tranquilidade e segurança... cafés cheios, ruas vazias... luzes iluminando as casinhas antigas, musica croata animando a noite e colocando os jovens a dançar... e a lua derramando seu branco no reflexo do mar...

Perto de Zadar também tem outros povoadinhos pequenos, outros lugares de acesso ao mar... Lugares de mar azul escuro, de paisagens incríveis de água, montanhas e céu... praias de pedra (e não areia) que não são convidativas para o banho de sol... mas águas límpidas e totalmente sem ondas que são muito convidativas para o banho de mar...


Pena que não era verão e eu não pude aproveitar a praia... mas valeu as paisagens... e ficou a vontade de voltar!

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Meu novo visual ;)


Pois é, agora eu uso óculos... mas só pra trabalhar no computador e pra ler, então não é muito provável que vocês me vejam de óculos por aí...

... mas até que eu fico simpática de óculos, não?

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Croacia

Se tu estivesse montando teu roteiro turístico pela Europa, incluiria a Croacia? Acho que a maioria das pessoas, ao responder a essa pergunta diria não... pois então vocês não sabem o que estão perdendo...

Imagine um país que, quando foi dada a chance aos países de escolher seu território, correu pra perto do mar... não satisfeito em estar perto do mar, deu uma empurradinha nos vizinhos e se esparramou por toda a costa do mar adriático, deixando aos vizinhos Eslovênia, Bósnia e Montenegro a chance de conhecer o litoral... croata!

Mas se o que te vem na cabeça quando tu pensa em Croacia é o mar, as ilhas (sim, a Croácia é conhecida como “a terra dos milhares de ilhas”) e a cor azul escuro do Adriático (aquele braço do Mediterrâneo que se estende entre a Itália e a Croácia)... então mais uma vez estamos perdendo coisas interessantes... porque a Croácia também tem uma cadeia de montanhas que corta o país de norte a sul – acompanhando o litoral – e tem ainda cidades antigas, fortalezas datadas de antes do descobrimento do Brasil... tem museus, prédios de arquitetura antiga que se assemelham muito aos encontrados aqui em Budapeste e em Praga... tem uma cultura de cafés (sim, há milhares de cafés com mesinhas nas ruas, nas praças... e suas mesinhas estão sempre cheias, não importa a hora do dia), tem parques nacionais e reservas ambientais... e também tem ruinas romanas e história, muita história!

E a história não está só nas ruinas, nas pontes, nas catedrais... mas também está viva na memória das pessoas... interessante pensar que um país que no século 14 já tinha universidade e ao mesmo tempo teve sua última independência há pouco mais de 1 década...

E interessante também conversar com as pessoas e ouvir coisas como “durante a guerra eu fui morar com a minha tia, em Zagreb” ou “o nascimento do meu irmão foi a única alegria durante os anos de guerra” ou ainda “nessa região jogaram muitas minas durante a guerra... do lado de cá é ok, porque já limparam tudo... mas não vai pro lado de lá, porque pode ser perigoso”... E mais interessante ainda é ver como as pessoas de lá são fortes e positivas quando se referem àquela época... e como são orgulhosas de seu país e dos avanços que estão sendo feitos

É... as pessoas com certeza são mais uma das coisas imperdíveis da Croacia... eu já tinha ouvido falar que o povo dos balcas são receptivos, que eles são mais “latinos” que a média européia... e eu realmente  senti isso! Seja porque eles vinham conversar comigo, porque já me deixavam a vontade pra fazer piada com eles na primeira conversa, porque se interessavam em perguntar coisas sobre mim, meu país... seja porque se esforçavam pra me ensinar frases em croata, tinham paciência pra repetir quantas vezes fosse preciso e comemoravam quando eu aprendia algo novo... seja porque me pediam pra ter reuniões com eles, mesmo que não estivesse incluído na minha agenda... ou porque me chamavam pra sair, pra almoçar... e ainda por cima uma das gurias me chamou pra ir pra sua casa passar o fim de semana, pra eu poder conhecer a região da Dalmatia – a mais famosa parte da costa croata... mas essa é uma história a parte e merece outro post...

Se até aqui tu ainda não te convenceu a visitar a Croácia, então leia o próximo post, sobre Zadar ;)

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Eu entendo!!!

Fim de semana passado, tava indo pra Praga buscar minhas malas que ficaram lá (e que continham todas as minhas roupas de inverno... necessárias agora que começa a esfriar)...

Entro no ônibus da Student Agency (empresa tcheca de ônibus baratos): Dobry den, damy a panove... eu entendo!!

Hoje, no trem, a policia de fronteira da Croacia me interpela com um “Dobry vecer”... eu entendo!!

Constatação interessante: morar na Hungria me faz entender ainda mais os idiomas eslavos :P

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Débora

Quando eu era assim
Bem menor
Não tive afim, sei lá
De pensar em nós
Agora eu sei e entendo melhor
Vidente eu li no céu
Vai por mim, somos corpo e alma
Meu irmão, meu par

Quando a solidão
Se enredar em ti
E o coração dançar
Conta comigo
Eu quero estar, viu
A teu lado
E haja o que houver
Junto a ti, feito corpo e alma
Meu irmão, meu par

Sei que a vida vai aprontar
E o que vier, azar
A dois é fácil segurar
Se Deus deixar, viu
Meu amigo
Vou sempre estar aqui
Junto a ti, feito corpo e alma
Meu irmão, meu par



Para a minha irmã preferida...

Feliz Aniversário!! :)

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Que chique!


Nos dias que passei no Brasil, ouvi várias vezes “que chique” vindo de pessoas que exclamavam isso ao ouvir minhas histórias sobre meu trabalho e minhas viagens...
Tenho dois comentários a esse respeito:
1 - Viajar bastante pode ser muito interessante, legal... mas do jeito que eu viajo, definitivamente não é chique!!!
Adoro meu trabalho... adoro o fato de que eu trabalho com gente super variada de diversos países... adoro as viagens... conhecer pessoas novas, lugares novos... adoro tirar fotos, aprender palavras aleatórias em idiomas novos, comer comidas que eu não comeria em casa, sair em lugares diferentes...
Mas odeio ter que arrumar e desarrumar a mala cada semana, odeio as noites mal dormidas em trens e ônibus, odeio as roupas sujas cada vez que eu volto pra casa, odeio as empresas de avião que perdem e estragam minhas malas...
Contar os centavos, economizar a todo custo (nem que isso signifique viajar 3 dias até chegar ao destino final) pode ser desafiador... mas não é chique!
E as situações bizarras que passo por não entender o idioma, as vezes que ficam me mandando de um lado a outro e ninguém me dá a informação certa, o fato de que qualquer coisa estúpida que eu preciso fazer leva pelo menos o dobro do tempo que levaria no Brasil, simplesmente por eu não entender o idioma... tudo isso pode render boas histórias pra contar e dar risada depois... mas não é chique!
E não se engane... dormir em sofá, saco de dormir, chão, dividindo cama... cansa! Tenho saudades da minha cama muitas vezes!
E estar em um lugar novo, com tanta gente diferente... também significa que eu não conheço de verdade ninguém... aí quando dá vontade de sair, de simplesmente sentar pra conversar com alguém que eu conheço e me entende... não tem!!! Aí ou eu fico sozinha em casa, ou eu vou pra um bar aleatório e faço amigos novos (já tentei as duas opções... nenhuma delas é a mesma coisa que ligar pra um amigão de anos e dizer “vem aqui pra casa”)
Aliás, essa minha solidão dos últimos dias (meus companheiros de apartamento não estão em Budapeste, então passei a semana sozinha) tem me feito conversar um monte com estranhos... dos estudantes de intercâmbio que conheci em um bar em Praga, o guri que veio do meu lado no ônibus de Praga pra Budapeste (e eu puxei conversa perguntando se ele era hungaro, se morava em Budapeste, o que fazia, etc... nada de muito interessante) até a mulher que, no tram, veio conversar comigo em húngaro e eu fiz cara de quem entendeu e sorri pra ela... (acho que ela se deu conta de que eu não entendia coisa nenhuma, mas... :P)
E o comentário numero 2 é:
Ninguém parece estar feliz onde está... ninguém acha a sua cidade e seu país chique... Brasileiros: os europeus acham chiquérrimo o fato de termos árvores de BANANA na rua... nadar no Oceâno Atlântico, então... muito chique! Qualquer praia da Croácia (destino turístico comum dos europeus do leste) fica no chinelo se comparada com o Rio de Janeiro...
Pra eles, passear em castelos não é nada demais... as luzes das cidades, a ponte iluminada de noite, o Danúbio... nada diso é tão chique quanto ir ao Brasil, subir no Cristo, ver macacos :P... isso sim é que é exótico e... chique!!
Então não se iludam, meus amigos que acham que os países onde estou morando são chiques... os europeus acham vocês chiques! E, se ninguém tá feliz onde está, que tal propor uma troca de países por uns tempos? ;)
E aos que acham minhas viagens chiques... venham viajar comigo!! Tô querendo companhia mesmo!! J

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