Rafting

Dizem os ticos que o Pacuare, um rio que nasce na cordilheira de Talamanca e percorre mais de 100km até o Mar do Caribe, está entre os 10 melhores do mundo para rafting. Não só pelas águas de corredeiras classes III e IV, mas também pelas belezas da paisagem!

(a paisagem)

Foi assim que decidimos fazer um passeio de aventura e descer as corredeiras do Pacuare... sim, rafting! :)

Pra quem não entende muito dos níveis de dificuldade do rafting, a explicação da wikipedia:

Nível III: Ondas pequenas, talvez uma pequena queda, mas sem perigo. Pode requerer habilidade de manobra significativa.

Nível IV: Ondas médias, presença de poucas pedras, com quedas consideráveis, manobras mais difíceis podem ser necessárias.

Esses foram os níveis que enfrentamos!

Fomos em um grupo de 25 pessoas, muitos trainees... garantia de muita diversão!

(o grupo)

O nosso bote (vão 6 pessoas por bote) - os "vikingos" - não caiu nenhuma vez, sobreviveu ileso a todas as ondas, quedas, pedras, e outros obstáculos do caminho, passou por algumas corredeiras de costas, nadou nas partes mais tranquilas do rio e ainda salvou gente de outros botes que caíram na água! Muy bien, vikingos!! :)

(os Vikingos... pura vida!)

Divirtam-se com as fotos...




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Conchal

A praia Conchal, na província de Guanacaste, na Costa Rica, tem esse nome porque não tem areia... a praia é toda coberta por pequenas conchinhas... são 4km de conchas e mais conchas...

 

A praia é linda! Uma das mais bonitas aqui da Costa Rica (e uma das minhas preferidas também). O mar é calmo, completamente transparente, afunda super rápido e é ótimo pra fazer snorkelling.



 Passamos um fim de semana lá, em muito boa companhia...


Entre uma viagem longa, uma aventura em Liberia, muitas risadas, muitos mergulhos, muitos caldos, caminhadas na praia, enterrar gente na areia (opa, nas conchas!), massagens "esfoliantes" com conchinhas, assistir um por-do-sol com chimarrão, fogueira na beira da praia à noite e uma manhã linda de sol na praia... aproveitamos muito o passeio!


Gracias, mis amigos interns en Costa Rica, por un lindo paseo! :)

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Aventuras culinárias

Morar em outro país tem sempre um aspecto interessante de aventuras culinárias. Por mais perto e parecido que seja o país, sempre tem aquele ingrediente que falta, ou aquele ingrediente novo, desconhecido, que a gente quer provar. Eu, em todas as minhas aventuras pelo mundo, também já tive várias aventuras culinárias...

* Supermercado: uma experiência cultural!
Adoro passear em supermercados de países diferentes! Principalmente nos países onde não entendo o idioma! E ver todos aqueles produtos diferentes, que não faço idéia do que seja... latas, pacotes, potes... todos indecifráveis! E adoro experimentar, testar... funciona assim: eu compro e provo. Se for bom, volto a comprar, se não, não... :P
Claro que tem sempre o lado desagradável da experiência que é quando tu quer realmente encontrar algo e não consegue... que frustrante não entender!

Na Republica Tcheca uma vez passei uns 20min em frente à prateleira dos leites/cremes de leite, tentando descobrir entre os 2 potes de "smetana" (que significa creme de leite), qual era o "sour cream" (que é um creme de leite azedo) e qual era o creme de leite que a gente usa pra fazer doces...

Também na República Tcheca uma vez na prateleira dos queijos... Eles têm diversos tipos de queijo em quadradinhos, triangulinhos, barrinhas... vários formatos e sabores. Comprei um, quadradinho. Chegando em casa, abri o pacote e tasquei uma mordida no quadradinho... que não era queijo, mas fermento biológico!!

* Massa com surpresa
Esse é o prato típico de qualquer pessoa que não entenda as embalagens do supermercado. É assim: a massa é facil comprar, já que em qualquer lugar do mundo, se parece... e no pacote é facil de ver que isso é massa.
E pra escolher o que vai em cima da massa... aí é que vem o problema! São muitos potes, vidros, pacotinhos... muitos molhos, muitos cremes... E, claro, a gente não faz idéia se é à base de leite, se é apimentado, se é com queijo, se tem tomate e tantos outros "ses" que a gente nem desconfia (e, óbvio, se a gente vai gostar do sabor!)
Aí é só escolher um pote/pacotinho qualquer (ou dois, pra melhorar as probabilidades) e tentar a sorte! (e rezar pra não ser marmelada ou chocolate)
Já fiz isso várias vezes... em geral funciona... e quando era alguma coisa muito esquisita, anotava o nome e não comprava de novo :P

* Provando ingredientes novos
Eu gosto de cozinhar. E gosto de improvisar na cozinha. Então sempre tento comprar algo diferente pra ver como fica na comida (às vezes o difícil é descobrir como se cozinha as coisas, mas enfim).
Foi assim que descobri o "chayote" aqui na Costa Rica (é uma verdura verde, que dá pra ferver em água, fazer refogado ou cozinhar um pouco e colocar no forno pra gratinar... aliás, o chayote gratinado aqui tem até nome - "chancleta" -, mas eu descobri sozinha que dava pra comer ele assim!)
Na Hungria comprava uma verdura com formato de cenoura, mas maior... e branco por dentro e amarelo-esbranquiçado por fora. Era bom pra por na farofa...
Aqui também descobri que dá pra fazer uma coisa parecida com pão de queijo usando a "harina de yuca" (que deveria ser farinha de mandioca e eu comprei com a esperança de fazer farofa, mas que como não funcionou pra farofa, tive que descobrir outras utilidades) e queijo branco... fica bom! E foi o mais parecido à pão de queijo que consegui fora do Brasil!

Ah, às vezes uso os ingredientes novos de formas não muito convencionais... outro dia comprei um pacote de uma sementinha que se chamava "chan". No supermercado estava junto na prateleira da linhaça e coisas do estilo. Assim, coloquei um pouco num refogado de verduras... Só que quando uma tica foi comer, perguntou o que era... quando eu disse "chan", ela disse "Bárbara, isso é pra fazer suco!!" hahahaha
(e depois descobri que aqui também é comum fazer suco de linhaça... vai ver é por isso que tavam juntos na prateleira)

* Receitas brasileiras com ingredientes estranhos
Às vezes, na tentativa de fazer algum prato brasileiro, mas na falta dos ingredientes, criamos invenções no mínimo interessantes...
Como a farofa que fiz com farinha de pão (é, pão seco, moído). A aparência e a consistência ficaram parecidas (pra foto funciona)... mas o gosto, nada a ver!
Ou a tradicional caipi-qualquer coisa... é que nunca se encontra cachaça... então a caipirinha vira caipiroska, caipirum, caipicique (a aguardente tica se chama Cacique)... e isso quando não é feita de limões amarelos!

* Invenções "bárbaras" na cozinha
Sabe aquela "harina de yuca" que mencionei antes? Pois é, a consistência dela é a mesma da farinha de trigo... então resolvi usá-la pra fazer panquecas! Ficou bom! :)
Outro dia não tinha muitas coisas em casa e resolvi fazer polenta... pra não comer só polenta, pura, quis dar um gostinho diferente... coloquei coco (sim, coco natural, ralado)... também funcionou!

* E, finalmente, aprendendo a fazer a comida do país
Claro, essa é a melhor forma de se dar bem com os produtos do outro país - aprender a cozinhar como eles!
Foi assim que aprendi a fazer "patacones" (aliás, dizem meus amigos ticos que meus patacones são melhores que muitos aqui na Costa Rica... uma amiga até disse que são melhores que os da mãe dela!!), aprendi a cozinhar com azeite de coco (tradicional do caribe)... o peixe frito no coco fica uma delícia!

E assim vamos sobrevivendo, nos aventurando e provando as delícias e maravilhas da culinária internacional ;) hehe
(acho que eu devia escrever um livro de culinária... haha)

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Máquina fotográfica da memória

Uma vez estávamos viajando com uns amigos em um lugar muito lindo. E eu tinha esquecido a máquina fotográfica. Então um amigo disse: "tira a foto com a memória"

E nos sentamos e ficamos admirando a paisagem, registrando o momento na memória...

E desde aquele dia, carrego sempre comigo minha máquina fotográfica da memória e em momentos especiais, quando estou em lugares bonitos, conscientemente digo "vou tirar uma foto com a minha máquina da memória", pra guardar aquele momento, aquela paisagem...

E o melhor das fotos da memória é que elas têm não só imagem, mas também sons, cheiros, sensações, sentimentos...

Nas fotos da memória dá pra registrar o barulho das ondas do mar que carregavam as conchinhas, o cheiro de mato daquela montanha, o vento que soprava nos cabelos, o calor dos braços que abraçavam, o amargo do mate que compartilhavamos...

...e assim, tenho uma coleção de fotos da memória... que não dá pra colocar no blog, mas que são as fotos mais bonitas de todas as minhas viagens pelo mundo ;)

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Mensagem do dia

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De Bárbara

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Nicarágua

A fronteira sul da Costa Rica eu já tinha cruzado... decidi, então, ir ao norte e entrar no meu 35o país: Nicarágua!

Informação de viagem:
Companheiros de viagem: 2 brasileiros, 1 mexicana, 1 canadense e 3 ticos
Destino: Ilha de Ometepe e Granada
O trajeto: ônibus de San José até Rivas (na Nicarágua), taxi até San Jorge, ferry até Moyogalpa, já na ilha e transporte local até algum hostel. Depois, ferry de volta à terra firme, taxi de San Jorge a Rivas, ônibus local de Rivas a Granada e finalmente, nosso ônibus de volta até San Jose - Costa Rica - casa.
O tempo pra tudo isso: 4 dias!
A ocasião / motivo da viagem: meu aniversário! :)

Algumas definições:
Lago Cocibolca: o segundo maior lago da América Latina, chamado pelos espanhóis que o encontraram de "mar dulce". É o único lago do mundo que abriga espécies marinhas como tubarões (!!) e se comunica com o Mar do Caribe através do Rio San Juan.
Isla de Ometepe: a maior ilha vulcânica situada em um lago no mundo, tem extensão de 276 km2 e população de aproximadamente 35 mil habitantes. Abriga dois vulcões: Concepción e Maderas.
O vulcão Concepción teve sua última erupção nos anos 50, é considerado um vulcão ativo e solta fumaça e cinzas de vez em quando.
O vulcão Maderas é considerado extinto, já que sua última erupção foi há mais de 800 anos. Tem, no topo, uma lagoa onde - dizem - é possivel banhar-se.

A viagem:
Primeira impressão da Nicarágua: "como é barato!" Pra  comemorar, tomamos uma cerveja de 1 litro por 2 dolares!


No ferry, indo em direção à Ilha de Ometepe, uma visão no mínimo interessante pra quem vem de uma terra sem vulcões: a ilha e seus dois vulcões!



O primeiro dia na ilha foi de apreciar a vista dos vulcões, conhecer a praia Santo Domingo e admirar um por-do-sol "vulcânico" da janela do hostel...

 (vulcão Concepción / vulcão Maderas)


No dia seguinte, um passeio pelo Ojo de Água, que é uma fonte de água vulcânica que forma umas piscinas naturais de águas cristalinas e fresquinhas. Dizem que os minerais da água dali rejuvenescem em até 10 anos! (saí de lá com 16! uhu!) Ah, e também dizem que se tu tomar banho depois da meia noite, muda de sexo... preferimos não correr o risco...


Uma passadinha por Altagracia, o segundo maior povoado da ilha...


Depois passamos a tarde no Charco Verde, onde tem praia de água doce, um hotel, uma lagoa e muitos macaquinhos...



No fim da tarde, um passeio até a Punta Jesus María, que é uma ponta de areia que entra no lago (dizem que na época de seca, chega a ter 1km de extensão dentro do lago), onde tu pode caminhar no meio das águas e de onde se tem uma vista bem bonita do vulcão Concepción.


E à noite fomos pra Moyogalpa, o maior povoado da ilha... Era época de festas patronais, então aproveitamos a noite pra passear pelo vilarejo e dar uma espiada na festa...

No dia seguinte, pegamos o ferry das 6 da manhã até San Jorge. De lá um taxi até Rivas e de lá um ônibus convencional até Granada (que custou pouco mais de US$ 1, para uma viagem de 1h30!)

(amanhecer no ferry... vulcão ao fundo)

Em Granada, conhecemos o centro histórico, a catedral, as casinhas coloridas da "Calzada"...



...eu e o Marcelinho nos aventuramos no Mercado Central e provamos o prato típico: "vigorón"



(nos sentimos em um documentário da Discovery... no meio de toda aquela gente, aqueles cheiros, aquelas comidas, aqueles olhares...)

Também fizemos um passeio de barco pelas famosas Isletas de Granada.
É que Granada também fica às margens do Cocibolca (o Lago da Nicarágua) e ali, onde está Granada, se concentram 365 isletas, algumas super pequeninhas, que abrigam 1 única árvore, outras com casas privadas, outras com árvores e macaquinhos, outras com restaurantes...

(ilha de 1 árvore só / ilha-forte - que antigamente protegia a entrada de Granada pelo lago)

Paramos em uma ilha-restaurante e aproveitamos pra tomar um banho de lago...


(não, nem todos tiveram coragem... fomos só 2 os que não tivemos medo das micoses...)

E à noite, um passeio pela Calzada, um bar onde tinha uma promoção de 2 mojitos ou 2 caipirinhas por 25 cordobas (US$ 1 = 21 cordobas!!)...


...e à meia noite, ganhei torta de aniversário!! :)

E no dia seguinte, pegamos o ônibus de volta a San Jose, passamos 3 horas na fronteira da Nicarágua... e chegamos super tarde em casa...

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El mundo

-El mundo es eso -reveló- un montón de gente, un mar de fueguitos. Cada persona brilla con luz propia entre todas las demás.

No hay dos fuegos iguales. Hay fuegos grandes y fuegos chicos y fuegos de todos los colores. Hay gente de fuego sereno, que ni se entera del viento, y gente de fuego loco que llena el aire de chispas. Algunos fuegos, fuegos bobos, no alumbran ni queman; pero otros arden la vida con tanta pasión que no se puede mirarlos sin parpadear, y quien se acerca se enciende.
(Eduardo Galeano)

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Dicionário tico

Pra quem quiser aprender algumas palavras básicas do idioma tico (não, não... não to falando de espanhol, to falando das particularidades daqui!):

* mae = palavra para se dirigir a outra pessoa (como "che" na Argentina). Também há pessoas que o utilizam como vírgula (como em "Entonces, mae, yo, mae, le dije, mae...") Nota: pessoas que falam assim tendem a ser insuportáveis!
* tuanis = legal (como em "que tuanis, mae!" ou "todo tuanis" como resposta a "como vai?")
* chiva = legal, bonita (como en "fuimos a una playa muy chiva")
* dicha = quando usada na expressão "por dicha" equivale a dizer "por sorte" (como em "estoy bien, por dicha" ou "por dicha no pasó nada malo")
* pura vida = slogan costarricense, pode ser usado em diversas ocasiões:
- para cumprimentar (como em "pura vida, mae!")
- como resposta a "como vai?", dizendo que está tudo "pura vida"
- para assinar e-mails (sim, no final do email dizem "pura vida, Barbara"
* guacala = já expliquei em outro post... é equivalente ao nosso "eca!" quando temos nojo de algo
* zancudo = mosquito (adoro essa palavra! e fica tão engraçado quando dizem "los zancudos me estan comiendo")
* teja = normalmente, "teja" significa "telha", mas aqui "teja" também é a forma como eles dizem "100 colones"... então é comum dizer "cinco tejas" para 500 colones (o equivalente a 1 dolar). Tem até um jornal que se chama "la teja" e não tem nada a ver com as telhas... é que ele custa 100 colones.
* rojo = a palavra significa "vermelho", mas como a nota de 1000 colones é vermelha, "un rojo" significa "mil colones"... então um ingresso para um show pode custar "5 rojos"... e os preços podem ser dados em "rojos" e "tejas"
* soda = não, não... não é um refrigerante! Soda aqui é um restaurante pequeno, barato, normalmente com comida caseira... muito comum nas comunidades que visito com a ONG
* cabinas = não, não as telefonicas! Cabinas aqui são hoteizinhos pequenos, baratos... aliás, eu digo que "cabinas estão para hoteis como sodas estão para restaurantes" ;)
* pulperia = para os desavisados: "pulpo" em espanhol significa "polvo" (ouviram falar do "pulpo Paul" nessa copa?). Pois é... só que "pulperia" não é uma loja onde vendem polvos (seria muito engraçado, não?)... é uma vendinha, um armazem, um bolicho desses da esquina...
Ah! E engraçado é que a pulperia, quando cresce, vira um "mini-super"! Adoro o conceito de "mini-super"... é algo suuuper, mas é pequeninho? :P (é que aqui a abreviação de "supermercado" é "super", que nem pra gauchada aí... então um supermercado pequeno não é um "mini-mercado", mas um "mini-super")

Se lembrar mais, atualizo aqui ;)
Pura vida!

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